sexta-feira, 11 de julho de 2008

Saia de Pijama na Rua



Justin Guariglia, fotógrafo americano, acaba de publicar um livro com imagens e cenas cotidianas dos subúrbios de Shamgai. Planet Shanghai.
A primeira coisa que me chamou a atenção foram as fotos de pessoas em espaços públicos como ruas, supermercados, video-locadoras, usando simplesmente seus pijamas.
Ele explica que esta é uma tradição popular, prestes a ser extinta, e que revela o lado autêntico e único dessa área específica da cidade, longtang.
No Prefácio Jonh Krich aponta o fenômeno/tradição de usar roupas de dormir em público, como resultado da falta de individualidade dentro da sociedade chinesa, onde por muito tempo tudo o que se podia comprar e usar em termos de vestimenta, eram as famosas túnicas azuis vendidas pelo governo.
Talvez tenha sido o material, algodão e seda, super adequado ao calor úmido do clima local, talvez tenha sido uma estranha nostalgia quanto à modelagem que lembra a tradicional roupa chinesa ou talvez tenha sido simplesmente o conforto, a razão da popularidade do traje nas ruas.
A verdade é que existe uma polêmica em torno desse hábito, onde uns defendem a originalidade, a tradição e a simpática simplicidade da vestimenta enquanto outros vêem nela um lado atrasado e provinciano que envergonha e desonra a China que quer progredir e se modernizar.
Polêmica à parte, outro detalhe interessante revelado pelas fotos é o uso e o status das meias.
Elas foram por muito tempo, durante o governo comunista, quase iguais às luvas de borracha de hospitais e eram fabricadas e distribuidas em tamanho único, dentro da idéia ‘um tamanho serve para todos’.
Hoje elas são exibidas tanto por homens, que dobram a barra de suas calças para mostrarem seus pares de sapatos com meias, quanto pelas mulheres que as usam mesmo com sandálias e chinelos.
Apesar de Beijing ser a capital cultural da China, Guariglia escolheu fotografar Shangai por perceber em suas ruas e transeuntes uma alegria diferente misturada a um forte orgulho baseado em suas tradições, como se eles intimamente soubessem ser parte de um pequeno clube. O clube dos chineses autênticos.
Depois de ler a introdução escrita pelo fotógrafo e o prefácio de John Krich as imagens que já eram por si super interessantes, tornam-se reveladoras de uma cultura em movimento, renovação e por isso mesmo prestes a desaparecer, deglutida pela rapidez e voracidade dos nosso tempos.





Você pode ver todas as outras imagens do livro clicando aqui ou ler uma pequena entrevista com o autor no The Wall Street Jornal aqui.
Eu comprei o meu exemplar numa livraria mas pela internet você pode comprar o seu aqui.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

SaiaFosfosol



Depois de descobrir uma nova e charmosa galeria e livraria de arte no norte de Rotterdam, PosseTive, me deliciei ao ver uma caixinha com um divertido jogo da memória, ‘Fake for Real’.
Editado e comercializado pela Bis Publishers ele é o terceiro de uma série. Os anteriores, 'Visual Power Memory' e 'Twins Memory' são igualmente inusitados.
Como todo jogo da memória as cartas são sempre duplicadas e você precisa encontrar os pares, mas o detalhe divertido aqui é que uma imagem é ‘fake’ e a outra é ‘real’.
Dê uma olhada na foto com uma seleção de imagens que eu fiz para entender melhor, ou visite o site aqui.
Eu adorei e não consegui resistir, comprei um para levar nas férias!

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