quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Espírito de Porco


Para o seu trabalho de graduação na Acadêmia de Design de Eindhoven ela comprou por alguns euros os 3267 objetos retirados durante 1 semana da bagagem de mão dos passageiros que embarcavam em Schiphol, aeroporto de Amsterdam.
Entre eles estavam ferramentas de golf, pentes, abridores de garrafa, alicates de unha, colheres e mais uma infinidade de outros objetos, todos considerados possíveis armas de terrositas e skyjackings.
A idéia de Christien Meindertsma era fotografá-los um a um e depois publicá-los num livro. Foi assim que surgiu ‘Checked Baggage’.
A idéia deu certo e em 2008 Christien publicou mais um livro no mesmo formato.
Resultado de seu mais recente projeto investigativo ‘Pig 05049’ foi um sucesso e já está na sua segunda edição.
O que será que cremes para rugas, a sobremesa italiana tiramissú e um palito de fósforo teriam em comum?
A resposta é surpreendente: um porco!
Durante 3 anos a designer acompanhou pacientemente o que aconteceu depois do abate do ‘Porco 05049’ e descobriu que não só a carne mas também a pele, os ossos, os orgãos, o sangue, a gordura, o pêlo, tudo, absolutamente tudo de um porco é ultilizado, reprocessado e transformado em uma infinidade de outros produtos, melhor dizendo, em exatamente 187, todos eles apresentados no livro.
A minha primeira surpresa foi perceber que nada sobra de um porco; que ele, depois de morto, nunca vai parar debaixo da terra. Nada, nem um único pêlo do animal é jogado fora.
Isto também quer dizer que o porco é um bicho 100% reciclado, o que não deixa de ser uma boa notícia.
A má notícia é que se até num vinho existe um pouco de porco como será que vai ficar agora a dieta dos vegetarianos?

Para ler uma entrevista com a designer, clique aqui
Se você quiser ver mais fotos do livro, clique aqui.
Detalhe: a capa do livro foi feita com o couro do próprio porco e vem com uma etiqueta de plástico com um número, igual ao que ele tinha na orelha.





SaiaChegando



Voltei, voltamos.
O Brasil é sempre uma inundação de alegria na minha vida.
Essas férias foram deliciosas e aproveitei cada minutinho dela.
Ver as crianças brincando, ficar conversando na varanda, cantar músicas antigas no violão, rir a toa, nadar no mar…
Família e amigos ao redor.
Obrigada a todos pelo carinho, amor e pela generosidade dos braços abertos que nos receberam.
Estou muito feliz por tudo que nos aconteceu nesse verão.
E que venha 2009!

domingo, 4 de janeiro de 2009

PAZ


Estou passando uma temporada de férias no Brasil
Revendo os amigos e a família...
Espero que vocês estejam se divertindo também!
Estou torcendo para que em 2009 possamos ter um pouco mais de
PAZ
E claro, meu amor para todos vocês,
até já

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nikki Farquharson



Eu amei o trabalho dessa artista gráfica e ilustradora inglesa.
O nome dela, Nikki Farquharson.
Ultra criativa ela dispara boas idéias e imagens incríveis por todo lado. Seu trabalho é tão bom quanto diversificado.
A ilustração acima faz parte de uma série chamada Mixed Media Girl, um dos projetos dela.
Mas existem outros, como o livro, Snippets, com pedaços de conversas de pessoas desconhecidas, que durante 3 meses ela escutou pela cidade. The Poem Poster, um cartão de visita com um poema e o número do seu celular numa tipografia quase cifrada, que ela distribuiu pelas ruas para ver se alguém entraria em contato com ela e mais, muito mais.
Desde 2007 ela tem um website, Random Got Beautiful, completamente aberto onde as pessoas são convidadas a participar enviando fotos que depois são agrupadas por cor.
Vai ver porque o resultado é muito bacana, e quem sabe você até queira participar!
Percebeu como eu fiquei fã da garota?

(via: the cool hunter)

domingo, 9 de novembro de 2008

Sartorialist



Scott Schuman, o homem por trás das lentes do The Sartorialist está no Rio.
E já começou a postar as fotos que está fazendo por lá.
Vale a pena ir dar uma olhada...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ser ou não ser...



For The Love of God
.
É o nome da exposição que estará até 15 de dezembro no Rijksmuseum em Amsterdam.
Nela você poderá ver um crânio totalmente coberto com diamantes incrustrados, com seus dentes originais e avaliado em 18,9 milhões de euros. Por trás dele um nome conhecido por suas peças polêmicas, Demian Hirst.
‘A peça traz um tema normalmente evitado pela arte, a morte’ comenta a porta-voz do Museu Elles Kamphuis, ‘mas que por outro lado foi também muito popular nos quadros dos artistas holandeses do século dezesete’.
Quem visitar a exposição também terá a oportunidade de ver algumas dessas obras, parte do acervo do Rijksmuseum, que foram escolhidas por Hirst especialmente para compor esta exibição.
Menor do que a maioria das pessoas esperam ver, o crânio causa impacto e claro, polêmica.
Beleza com certeza não é um dos atributos que se dê aos trabalhos de Hirst, mas é esta uma obra relevante, boa, ou na verdade não passa de um objeto pop, comercial e mórbido?
Na minha opinião, Hirst mais uma vez perturba o mundo muitas vezes por demais certinho das artes plásticas e se arrisca, sem medo de ser ridículo ou vazio.
Isso não é pouco.

SaiaEindhoven



Algumas semanas atrás fui conferir a ‘Dutch Design Week’. Exibição anual que mostra os projetos de graduação dos alunos da Academia de Design Holandesa em Eindhoven.
Vi algumas coisas bem legais mas na verdade não cheguei a ver nada surpreendente ou marcante. Acontece…
Li Edelkoort, oráculo por trás do Trend Union, docente da Academia, trendwatcher e criadora de duas das mais conceituadas revistas de tendências do mundo (View on Colour e Bloom), esteve nas últimas semanas em vários programas da televisão holandesa para divulgar o evento.
É sempre interessante ouvir ela falar.
Numa das entrevistas houve uma discussão sobre o limite, o contorno, do que hoje define o que chamamos de ‘design’. Deu muito pano para manga.
Esta não é uma pergunta simples mesmo porque parece que atualmente tudo, ou quase tudo, pode ser apresentado como ‘design’. Comida, papel, computador, telefones, colheres, cabelos, remédios, jardins, enfim literalmente qualquer coisa que você pensar pode estar dentro do mundo chamado ‘design’. Ou não?
Acho que talvez isso também tenha a ver com a sensação que tive ao visitar a exibição. Tinha de tudo mas faltou alguma coisa que realmente surpreendesse.
Abaixo fotos e links de algumas coisas que vi por lá…

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

SaiaEindhoven 2



Mieke Meijer criou um novo material feito unicamente de papel e cujo resultado parece uma superfície de madeira. Achei criativo, bonito e inusutado.


Com um tubo de luz fuorescênte no meio da estrutura de acrílico, Sander Mulder criou esta luminária que emite e relete luz por todo o corpo da peça.


Formada por pequenas caixas de madeira que podem ser empilhadas ou colocadas da forma que a pessoa quiser ou o espaço da casa permitir, a estante feita pelo studio Sloom &Slordig pode ser montada como você preferir.
Simétrica ou caótica, fica ao gosto do freguês.



Inspirados numa passagem do livro 'Alice no País das Maravilhas' onde ela diz ‘what it is, it isn’t’ a dupla do studio Ontwerpduo construiu essa cômoda distorcida.
O interessante é que ela era apresentada juntamente com uma aparelho refletor de luz através do qual você podia ver o objeto como normalmente o conhecemos.

SaiaComemorando



Vi esta ilustração do Patrick Moberg no blog Da Groselha e não resisti.
Achei esta uma ótima síntese desse dia histórico.
Yes, they did!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Opostos Que Me Atraem

De um lado a Vogue Itália, seu mundo surpreendente e surrealista onde vivem personagens glamurosos registrados em fotos incríveis.
Do outro lado Sede, uma revista argentina, ultra alternativa, metade imagens, metade palavras, definida no artigo (que também recomendo) do New York Times como ‘slow magazine’.
A Vogue Itália você com certeza já conhece mas se você tem Sede de coisas novas vá no site deles e confira também a versão online que chama Molde.
Vale a pena.




No post abaixo mais fotos das duas revistas...

Você Tem Sede do Que?






sexta-feira, 3 de outubro de 2008

SaiaDeManhã



Os que já me conhecem sabem que eu adoro café da manhã.
Aliás essa não é a primeira vez que faço um post sobre o tema.
Confesso que me diverti muito vendo as fotos abaixo. Elas são do fotógrafo Jon Huck.
Depois de ver todas essas pessoas pensei: o bom dessa vida é que tem de tudo né?
Os saudáveis, os cafeinados, os que pegam pesado, os honestos, os minimalistas, os esquisitos, os exagerados....e por ai vai
E você? Como é o seu café da manhã?

foto acima: Simply Breakfast

SaiaAcordando















quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Saia Com Chuva e Vento



Chuva, muita chuva e vento, muito vento.
Essas são as palavras mais usadas nessa época do ano pelo apresentador da previsão do tempo no telejornal.
Outono na Europa é quase sinônimo de chuva e vento.
Nesses dias muita gente fica mal humorada só de pensar em sair de casa, principalmente se for a pé, de ônibus ou como fazem muitos holandeses, de bicicleta.
Mas 3 alunos da Universidade de Delft quebram a cabeça e resolveram o problema dessas pessoas, ou pelo menos parte dele.
Eles garantem que agora quem sair na chuva não precisa se molhar.
A solução chama-se Senz, o guarda-chuva que não vai desabar, virar ao contrário nem sair voando da sua mão. Ele é a prova de temporais!
Algumas pessoas aqui na Holanda já sabiam dessa invenção mas a novidade é que agora ele está à venda.
Produzido em 3 tamanhos e em 5 cores, custa entre 40 e 60 euros.
Se você mora nos Países Baixos, pode adquirir o seu, ou matar a curiosidade e ir dar uma olhadinha, nas lojas da Bijenkorf ou Bever Zwerfsport. Para os outros o melhor é acessar o site http://www.senzumbrellas.com/.
Tem também alguns filmes no Youtube para aqueles que precisam ver para crer...
Se você for um deles, clique aqui.
E 'Enjoy the weather'.

domingo, 28 de setembro de 2008

Harmonia 57



Brasil, São Paulo, capital, Vila Madalena, rua Harmonia 57.
Este é o endereço do projeto residencial criado pelo escritório de arquitetura Triptyque.
Um prédio que respira, sua e se modifica igual a qualquer organismo vivo.
Nas paredes de concreto, buracos onde vivem plantas que são irrigadas por um sistema onde a água é constantemente reciclada.
Os tubos e canos do prédio ficam todos do lado de fora e funcionam metaforicamente como veias e artérias de um corpo.
Apesar da maioria das pessoas elogiarem o projeto a discussão no blog Dezeen não é unânime. Muita gente questionou ou não gostou do resultado. Dê uma lida aqui.
Quer saber mais sobre outros projetos do Triptyque? Entre no site deles clicando aqui.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Bonequinho de Luxo



Yar Rassadin
é um famoso designer russo que no final de 2007 criou essa deliciosa versão das bonequinhas Matryoshka, a boneca que entra uma dentro da outra.
Misturando o sistema de cores pantone e estilizando a forma da bonequinha, ele conseguiu fazer uma versão moderna mas não menos adorável do bibelot mais conhecido do mundo.
Quer ver mais, clique aqui.

Via: Design for Mankind

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Saia de Casa-Móvel



Este verão fomos acampar no sul da França.
Definitivamente este não é o meu tipo de programa e meu marido sabe muito bem disso.
Para me convercerem, ele e meu filho fizeram uma proposta diferente, alugaram uma espécie de trailer que leva o charmoso nome de: ‘circus caravan’.
O ‘circus caravan’ ficava do lado da nossa barraca. Lá dentro uma cozinha bem simples mas com geladeira, fogão, pia com torneira e água! E uma cama que era o nosso ‘sofá’.
Assim me prometeram um pouco mais de conforto do que uma mera barraca e lá fomos nós.

Eu confesso que não tinha achado a experiência tão mal até ter visto isto aqui embaixo.



Acho que ano que vem vai ser um pouco mais difícil para eles.
Pois estou convencida: Isso sim é um trailer decente!
Não me venha com essa conversinha de romantismo bucólico.
Se o programa for acampar, que seja com estilo, certo?
Para ler ou ver mais imagens dessa ‘casa móvel’ que é produzida por uma empresa alemã chamada Mehrzeller, vá no site deles clicando aqui.

sábado, 13 de setembro de 2008

O tempo não para



Estive com um problema cronológico sério.
Não conseguia mais, num dia só, fazer tudo o que precisava e queria.
A partir daí fui vendo as pendências se acumularem, se multiplicarem numa velocidade absurda e a lista das coisas que precisavam serem feitas mais parecia aquela que fazia para o Papai Noel na infância.
Mas apesar do atraso quero sim falar ainda do LowLands Festival.
Já faz um mes que rolou mas acho que mesmo assim vale a pena escrever sobre o que vi e ouvi por lá.
Para quem não sabe, Lowlands é um festival holandês de música que na minha opinião é bastante único e especial.
A primeira coisa que você percebe logo ao entrar é a atenção e o cuidado dos organizadores com as pessoas que estão lá. A infraestrutura é ótima, criativa, e apesar de você estar acampando existe conforto e higiene.
Detalhe: para 55 mil pessoas durante 3 dias. Ou seja, eles trabalham duro!
55 mil pessoas e em nenhum momento que estive lá, absolutamente nenhum, eu vi uma cena de violência, agressividade ou intolerância. Muito pelo contrário, vi muita gente se ajudando, sorrindo uma para as outras, sendo amáveis, vi estranhos conversando espontaneamente e vamos combinar, isso tudo é coisa bastante rara de ver e viver nas terras norte-européias.
A sensação que dá é que todo mundo está lá para ser feliz, ficar na paz e ouvir muita música, ponto.
Soa meio hippie, meio anos 60? Mas é só você olhar o público para perceber que os tempos são outros.

Os shows:
O programa não enfatizava nomes de bandas grandes e famosas, aliás outra características do LowLands, mas estavam lá Franz Ferdinand, Underworld, os belgas Vivê La Fête e Deus, o rap do N.E.R.D, o dançante Jamie Lidell, The Ting Things, Santogold, a pop holandesa Anouk, do túnel do tempo vieram Sex Pistols e The Breeders e muitos djs bacanas entre eles Miss Kittin.
Mas os 2 shows que foram uma revelaçãores para mim, uma deliciosa descoberta, foram: Sigur Rós e Elbow.
O primeiro foi lindo, poético, me lembrou um pouco o Radiohead, com um toque escandinavo.
O grupo era imenso com direito a banda de sopro e instrumento de cordas. Os figurinos eram maravilhosos e cheio de detalhes.
Na última música, Gobbledigook, enquanto o rítmo e a percussão levavam o público ao delírio, baldes gigantes de papel branco picado eram jogados na platéia, parecendo que estava nevando…foi lindo de doer (veja aqui).
O segundo grupo, Elbow, é uma banda de rock underground vinda de Manchester, referência na Inglaterra para muitos famosos que declaram abertamente serem seus fãs e que acabou de levar o Prêmio Mercury 2008 no Reino Unido.
Eles começaram em 1990 e em 18 anos lançaram somente 4 albuns, talvez o que tenha contribuido para virarem cult.
De qualquer forma ficou bem claro que o forte deles é show ao vivo. Eles dominaram e envolveram o público do começo ao fim.
Se você ainda não conhece nenhum deles não deixe de ir nos links dar uma conferida, ou ver um trecho da apresentação deles no LowLands. Aqui para Sigur Rós e aqui para Elbow.
Tape Art:

A Converse está fazendo aniversário e foi um dos patrocinadores do Festival.
Eles armaram sua festa num espaço de 250 metros quadrados formado por 14 containers onde tinha de tudo, lojinha, bar, museu, grafites ao vivo, stúdio de foto, djs, um balcão onde você podia entregar seu tênis usado, de qualquer marca, e uma turma de modernos costumizavam eles para você, enfim tudo muito bacana, coletivo e acessível.
Mas no meio disso tudo o que mais me chamou a atenção foi a torre enorme que sinalizava o espaço. Nela desenhos, imagens feitas com uma nova técnica, pelo menos para mim:
Tape Art.
É uma mistura da linguagem visual do grafitte com desenho e colagem. Se você olhar rápido acha que é um desenho feito com máscara e spray, mas quando você chega perto percebe que é feito com fita crepe e ou fitas adesivas coloridas.
O efeito é incrível e o estilo não poderia ser mais street.

Eu vi um garoto fazendo esta imagem abaixo e a velocidade e facilidade com que ele completou o desenho me deixaram pasma.

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